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Chuvas melhoram, mas ONS não descarta importação e despacho de térmicas

Foto: Todd Diemer na Unsplash


O período chuvoso do ano deve começar oficialmente em novembro, com a continuidade das precipitações já registradas na segunda quinzena de outubro nas regiões Sudeste e Centro-Oeste, mas ainda assim o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) considera manter o despacho de termelétricas e a importação de energia do Uruguai e da Argentina para atendimento da ponta, principalmente, de acordo com a prioridade de custo.

As informações foram divulgadas nesta quinta-feira, 24 de outubro, no primeiro dia do Programa Mensal da Operação (PMO).

Ainda que as chuvas em outubro estejam abaixo da média em quase todo o país, exceto o Sul, houve melhora em comparação com o cenário de setembro, quando a energia natural afluente (ENA) dos submercados Sudeste/Centro-Oeste e Norte foi a prior em toda a média histórica de 94 anos.

Na segunda quinzena de outubro, houve melhora nas precipitações nas bacias dos rios Grande, Paranaíba, São Francisco e o trecho a montante da hidrelétrica Serra da Mesa, todas com chuvas acima da média, e as rodadas mais recentes dos modelos meteorológicos indicam a continuidade das chuvas nos primeiros 20 dias de novembro, marcando o período chuvoso.

Segundo o ONS, os modelos meteorológicos ainda não conseguem determinar se haverá configuração da La Niña nos próximos meses, uma vez que a situação continua de neutralidade. O trimestre dos meses novembro, dezembro e janeiro deve ter precipitações abaixo da média na bacias dos rios Uruguai, Tocantins e na incremental da UHE Sobradinho, enquanto nas demais bacias as previsões são de chuvas próximas da média.

Em outubro, considerando os dados observados até o dia 22, houve redução no nível de água armazenada em quase todas as regiões do país: 5,7 pontos percentuais no Sudeste, 4 pp no Nordeste, e 7,5 pp no Norte, com aumento de 10,02 pp no Sul, região que tem reservatórios mais voláteis.

A ENA ficou próxima da média apenas no Sul, onde chegou a 92% da MLT. No Sudeste/Centro-Oeste, representou 45% da média; no Nordeste, 37%; e no Norte foi de 42%.

Para garantir o atendimento da carga, houve importação de energia na modalidade comercial da Argentina e do Uruguai, chegando ao limite de 2.200 MW na Argentina nos dias 2 e 3 deste mês. Já o dia 22 de outubro teve a importação emergencial de 600 MW da Argentina, refletindo, segundo o ONS, a perda de uma linha de transmissão durante o dia, coincidente com um desvio de carga para cima.

Até 22 de outubro, a carga registrada pelo ONS foi de 81.191 MW médios, alta de 3,5% na comparação com o mesmo período de 2023 e de 0,2% em relação a setembro. Já a ENA do Sistema Interligado Nacional (SIN) foi de 63% da MLT, a quinta menor da série histórica. Mesmo assim, a energia armazenada chegou ao fim do período em 44% da sua capacidade máxima, sendo a 12ª maior do histórico para o período.

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